Diagnóstico da Leucemia

Pra começar do começo!!!



Dia 15 de abril de 2011, sexta-feira

Seletiva da Calourada da UnB
Todo mundo na FUP andando de corda bamba durante a aula, e surge a brilhante ideia de irmos de comboio para a seletiva de bandas da calourada no Darcy. Até então tudo bem. Paulo Hiram e sua Pedra90 pegaram uma carona comigo. Muitcho loucos! Passamos em casa troquei a farda do serviço e fomos. Ao chegar no Darcy encontrei com Brunão, Guizé, Rauel, Gibi, Pedro Cabiludo e outros, fizemos aquela concentração da rapeize, massa demais. Conforme a noite foi passando fui me sentindo mais fraco sem vontade de beber, na real queria ficar sentado o evento todo. Acabei ficando até umas 4 da manhã e fui embora depois de um rolo com o Gibi e os brothers dele.

Dia 18 de abril de 2011, segunda-feira

39º
Acordei com 39 graus de febre me sentindo muito mal. Lembro da Fernanda enchendo o saco logo de manhã... "Vamo, William, anda logo, toma um remédio e vai trabalhar! vagabundo" assim eu fiz!  Chegando no serviço já encontrei o Tiago "Fresco", e falei com ele que não estava bem. Subimos para sala, liguei minha máquina mas não conseguia nem focar a vista. Decidi que tinha que ir embora.
Deixei meu carro com a minha irmã e meu pai me levou pra casa. Chegando em casa tomei dipirona e dormi até de noite. A febre, porém, não passou. Fui com meu pai para o Hospital Santa Helena umas 10 da noite. O hospital tava lotado, tava levando umas duas horas para atendimento no balcão. Desistimos e voltamos pra casa.

Dia 19 de abril de 2011, terça-feira

É ela!
Acordei com febre novamente, nem pensamos em voltar para o Hospital Santa Elena e fomos direto para o Hospital Brasília. Fui atendido no pronto socorro e ao ver os exames o médico falou "É ela, DENGUE". Recomendação: duas semanas de repouso, muita água e dipirona em caso de febre. Nessas duas semanas ainda voltei algumas vezes no hospital para repetir os exames e ver se a Dengue aparecia na sorologia... e nada da maldita se confirmar, mas a médica disse que mesmo não confirmado no exame era Dengue mesmo.

Dia 2 de maio de 2011, segunda-feira

De volta ao trabalho + enjoos + vômitos
Dengue aparentemente curada deixando apenas alguns enjoos, que o médico disse poder ser de alguma bactéria que se instalou no buxo enquanto a imunidade estava baixa. De volta ao trabalho com a recomendação de procurar um Gastro que ficou marcada para o dia 09 de maio, uma semana depois. A médica marcou uma endoscopia para o dia 16 de maio, a terça-feira seguinte, mais uma semana depois e o resultado da endoscopia ainda iria levar mais uma semana para sair, ou seja, três semana de enjoos e vômitos praticamente diários.

Durante esse período errei muito, estava muito doente mas não conseguia enchergar isso, saia para trabalhar de manhã e no meio do caminho parava o carro para vomitar aquela coisa medonha e depois seguia em frente como se nada tivesse acontecido. Como diria o velho  "Não existem fracassos. Existem, apenas, ganhos de experiência. Desde que, é claro, você consiga aprender com os próprios erros."

Dia 24 de maio de 2011, terça-feira

1º Internação
No dia 24 de maio voltei para a emergência do hospital Brasília pois meus enjoos e vômitos não paravam e eu estava perdendo muito peso, cheguei aos 71 kg. Fiz uma série de exames e alguns resultados não estavam muito bons, como creatinina da função renal, hemoglobina, plaquetas e outros... Diante do meu quadro clínico a médica Amanda Tavares e o médico Ricardo Tomedi decidiram me internar para recuperar a função renal e realizar mais exames e buscar um diagnóstico do meu problema. "William vai pra casa hoje e amanhã você volta com roupa e disposição pra gente te internar e descobrir o que está acontecendo com você." Doutora Amanda.

Dia 25 de maio de 2011, quarta feira

Meu hotel!
Exames muitos exames!
Levantei na bad só de pensar que iria passar sabe se lá quantos dias no hospital, mas de boa vamos lá.
 Fiz tomografia, raio-x do corpo inteiro, milhões de coletas de sangue. Tenho que destacar alguns exames muito ruins que foram feitos nesses primeiros dias de internação: Tirar sangue da artéria é muito foda, a nurse enfia uma agulha 90° graus no seu pulso e fica procurando a artéria, mas até ela achar eu já tava branco passando mal e sentindo aquela agulha cutucando meus nervos. Muito ruim!!



Mas o grande campeão, esse nunca vou esquecer, foi a tal da punção de medula. Vou explicar como funciona. Da um look na imagem abaixo, parece bem simples né... mas não é!!

Primeiro você tem que ficar nessa posição desagradável de feto.
O médico utiliza uma agulha do tamanho de um canudo de refrigerante e começa a furar o osso da bacia com esse bagulho, ele até aplica uma anestesia local, que pra mim não fez diferença nenhuma. E o bicho vai enterrando aquela agulha gigante na sua bacia e fazendo força, muita força, a cama balançava todinha de tanta força que o cabra colocava no braço pra furar o osso, meu corpo tremia de tanta dor. Filho da &%$$$$. Dói e dói muito muito muito... véi eu até chorei pra você ter uma idéia, é foda demais. RECOMENDAÇÃO DE AMIGO--- Se um dia você precisar fazer esse exame peça para ser sedado, apesar de você sentir dor você não vai se lembrar dela depois.

Beleza terminou a tortura eu não conseguia nem sentar depois disso. Passaram uns quatro dias e o médico que estava me acompanhando--Gente fina o cara, depois falo mais dele, Dr. Alessandro Leal--
entrou no quarto meio que de supetão falando que tinha achado a causa do meu problema, que era mesmo uma doença no sangue como eles estavam suspeitando, mas que era necessário repetir o maldito exame PUNNÇÇÃO DEE MEEDDULAA... Nessa hora eu olhei pra ele e pensei "-Você tá de sacanagem, vou fingir que você nem falou isso.." Duas horas depois o médico já tava no quarto com a bendita agulha. Meu pai e a Cíntia viram o tanto que eu fiquei chocado em ter que fazer esse exame novamente e correram atrás de algum meio que aliviasse a dor do bagulho. No final das contas meu pai agilisou um sedativo dos bons com o médico e graças a JAH eu nem lembro do segundo exame, só fiquei com a bunda fudida heheheheh.

Dia 31 de maio de 2011, terça-feira

Diagnóstico - Leucemia
Foi no dia em que minha mãe chegou de Santa Rita, que foi o mesmo dia em que fiz a 2ª Punção de Medula. Precisei fazer esse exame de novo porque no resultado do primeiro exame apareceram células atípicas. O que pode significar muita coisa. A princípio até mesmo uma infecção poderia causar isso. Mas de certa forma os médicos já suspeitavam forte de uma doença no sangue. O médico tinha comentado com meu pai que poderia ser câncer, mas não falaram nada para mim. Nesse momento, meu pai ligou para a família toda, nem quis esperar o resultado definitivo. Isso gerou um reboliço. Quando minha mãe chegou no hospital eu estava totalmente grog, mutcho loko, ainda do sedativo que tinha tomado pra fazer o exame. A Fernanda deu uma conversada com a mãe pra ir preparando o território. Depois sentamos todos no quarto do hospital, eu estava contando todo o meu histórico para a minha mãe.

Minha ficha começa a cair a partir daí. O Alessandro já tinha comentado que "tinha orelha e bigode, podia ser gato ou coelho, mas que não seria mais uma simples virose. Daí já começou a adiantar que o tratamento seria feito por drogas quimioterápicas, que eu ficaria careca, possivelmente estéreo, que o tratamento seria longo, eu teria que me dedicar exclusivamente para a minha saúde, abandonando temporariamente faculdades e trabalho, mas que eu tivesse força e paciência, que eu tinha CHANCE. hehe (tomara! rs).

Na verdade, eu não entendo muito bem porque isso tá acontecendo comigo. Parece um jogo de loteria que acabei de tirar a sorte grande, afinal de contas eu não tenho nenhum amigo que tenha câncer ou que tenha ganhado na loteria hehehehehe

Dia 3 de junho de 2011, sexta-feira

Final de semana em casa!
Depois desse terremoto, meu médico resolve deixar eu passar o final de semana em casa e voltar na segunda para dar início ao tratamento. Recapitulando:  passei mais ou menos dez dias internado e agora ganho dois dias em casa... Tá bom né?! Hheheheh acho que não...

Cachoeira do Buriti - Pablo Morais
Quando sai do hospital, tive que correr atrás de um dentista pra fazer uma avaliação na dentadura e verificar se não tinha algo que pudesse dar problema em curto prazo. É comum a boca ficar toda fudida na quimioterapia o que  acaba dificultando a alimentação. A Cíntia ligou pra sua madrinha, tia Elda, que é dentista e na mesma hora ela nos atendeu. Fiz tudo, limpeza geral, radiografia da boca inteira e graças a Jah tudo certo, sem caries nem inflamações. Obrigadão, tia Elda!!! O final de semana foi de boa sem muitas badalações. Fui na cachoeira atrás de casa e lavei a alma, com certeza esse é um momento que valorizo muito. Cervejinha Liber 0% álcool, só o ori pra assistir Brasil e Holanda, festinha Junina do Bela à noite.
É esse o começo de uma nova fase na minha vida... Sei lá, por enquanto parece um pouco amedrontador, mas interessante ao mesmo tempo. Pensamento positivo sempre! 

Vou criar um post novo para cada ciclo da quimio que eu fizer e tentar contar os macetes e as bads.

2 comentários:

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